domingo, 5 de julho de 2015

Cartilha Grega

Reflexões de um leigo: estaria nosso país seguindo a mesma Cartilha seguida pela Grécia nos últimos anos? Vejamos as semelhanças:

- Ao entrar na zona do Euro, a Grécia aumentou os gastos públicos enormemente, inclusive sediando os Jogos Olímpicos de 2004 – o que custou uma fortuna, é claro, além dos gastos militares estratosféricos (A Grécia tem mais tanques de guerra do que a Alemanha, França e Itália juntos.)

- Mesmo com a economia fraca, a Grécia facilitou as aposentadorias da população, eles têm uma lista grande de profissões insalubres que dão direito a aposentadoria especial, cabeleireiras, massagistas, padeiros e apresentadores de TV são algumas delas, pode?

- A produtividade dos trabalhadores da Grécia é uma das menores da Zona do Euro. Ainda assim, aumentaram bastante o salário mínimo no país. A população pensa quase que totalmente no consumo e pouco em poupança e investimento. 

Quanto ao Brasil: aumentou dramaticamente a divida pública, gastou horrores com a Copa de 2014 e com as olimpíadas do Rio, acabaram de aprovar, de modo irresponsável, regras mais benevolentes pras pessoas se aposentarem na casa dos 50 anos com salário integral enquanto a expectativa de vida só aumenta; grande parte dos trabalhadores no país não contribui com a Previdência (que depende de dinheiro dos impostos pra conseguir pagar em dia as aposentadorias), a produtividade dos trabalhadores é baixa, e ainda dizem que precisam diminuir a jornada de trabalho. Temos uma das maiores taxas de juros do mundo, mas nem isso consegue deter a inflação. Corrupção e desperdício, seja na coisa pública ou privada, só aumentam o problema. O governo e o povo em geral só querem saber de gastar ou estimular a economia por meio do consumo das famílias, sem estimular a poupança e o investimento. 

Estamos seguindo a Cartilha da Grécia, plantando vento pra colher tempestade?
 
 

Mais uma vez essa “mardita” Grécia está de novo nos holofotes, atrapalhando o mercado e criando incertezas. Já vi esse filme antes, e não gostei. 
 

Esse mês de Junho minha carteira de ações caiu -0,45%, influenciado entre outras por Vale, Eztec, Banrisul e principalmente Cemig, afetada pela decisão negativa no STJ envolvendo a renovação de concessão de 2 usinas. Oportunidade de compra ou prenúncio de deterioração das contas da Cemig? Só o futuro dirá. Na ponta positiva Cielo e Porto Seguro ajudaram a manter o barco flutuando...  
 

No consolidado a carteira subiu + 0,53%, com alocação atual em Renda Fixa = 65% contra 35% em RV. 
 

O aporte desse mês ficou para Alupar, Ecorodovias e um pouco de Kepler. Mas como no fim do mês precisei cobrir despesas com reforma, o valor de aporte ficou negativo no mês, valor retirado da renda fixa.  
 

E os proventos do mês somaram R$ 768,16, com destaque para BB, Transmissão Paulista, Banrisul, entre outros. 
 

Segue abaixo o quadro-resumo do mês. Abraços a todos!
 

  
P.S. = Por último, uma dica cultural: quando você estiver com raiva daquele patrão exigente, ou daquele cliente mala-sem-alça, ou mesmo daquele parente folgado que só te exige as coisas, faça como os COSSACOS, na antiga Ucrânia.

LEIA O TEXTO HISTÓRICO NESSE LINK, DA REVISTA AVENTURAS NA HISTÓRIA, VALE A PENA! Kkk...
 

domingo, 31 de maio de 2015

E a Maior Alta do Mês de Maio foi...


...a OIBR4 com aumento de 25,13% (dentre as ações do Ibovespa). Como pode isso ??? 

Taí uma prova de como o mercado nesse mês de Maio foi louco, insano e volátil, pra variar. Enquanto essa tranqueira da Oi, toda problemática e endividada, sobe desse jeito, empresas na minha opinião com boa qualidade e governança como Qualicorp e Eternit desabam 20% e 10% respectivamente só no ultimo pregão de Maio. Isso sem falar nos Bancos e Seguradoras, penalizadas com mais CSSL, das incorporadoras com dificuldade de acesso a crédito, da indústria e empresas de consumo que sofrem com câmbio e juros altos, e por aí vai... 

Esse mês a carteira de ações caiu -5,78%, devolvendo os ganhos do mês anterior, meio que em linha com o Ibovespa.  

No consolidado a carteira caiu –1,27%, com alocação atual em renda fixa = 68% contra 32% em RV. 

O aporte feito no início do mês (bem que podia ter deixado para o fim do mês...) foi para aumento de posição em Grendene, Alupar e um pouco de Eztec.  

E os proventos do mês deram um salto e bateram recorde: R$ 1.720,09, com destaque para BB, Ecorodovias, Alupar, Metal Leve e até AES Tietê que andava com uns prejuízos a um tempo atrás. 

Segue abaixo o quadro-resumo do mês. Abraços a todos!
 
 

domingo, 3 de maio de 2015

Fugindo da Inflação - Correndo para o Tesouro




Saudações a todos!
 

Esse mês que passou fiz minha estreia no Tesouro Direto. Andava de olho nele já a longa data. Há uns três anos fiz o cadastro por meio de um banco onde mantinha conta, mas a coisa mais esquisita acontecia: a senha nunca chegava no meu e-mail. O internet banking do Banco me dizia que estava tudo ok, mas no site do tesouro direto meu CPF dava como não cadastrado. Nisso deixei a coisa pra lá e me concentrei em outras modalidades de renda fixa, como letras de câmbio e LCI/LCA. Entendia que as taxas cobradas no Tesouro Direto o deixavam menos atrativo, e ainda penso assim até certo ponto. 

Mas meu interesse ressurgiu ao estudar melhor o TD e ver que a eventual volatilidade dos títulos no decorrer do tempo são um diferencial positivo, além da proteção contra a inflação que está bem assanhada esses meses.
 
Ainda tenho bastante a aprender, mas em pleno feriado de 21 de abril, após monitorar as taxas de juros por uns dois meses, achei que era o momento de entrada e assim comprei 4,95 NTN-B Principal para 15-05-19, pagando 6,63% a.a. + IPCA. = R$ 10.000,00 no total. Será que peguei uma boa taxa? Veremos no decorrer do tempo... A intenção é carregar até o vencimento, a não ser que haja uma valorização bem expressiva antes de 2019. 

Esse mês a carteira de ações subiu + 5,84%, abaixo do Ibovespa (+9,93%) que ficou “contaminado” pela forte alta de Petro e Vale – depois do tombo enorme que as duas tomaram nos últimos meses.  

No consolidado a carteira subiu + 2,53%, crescimento moderado tendo em vista a alocação maior que tenho em renda fixa = 67% contra 33% em RV. 

Além do aporte em Tesouro Direto, aumentei posição em CCRO3.  

E os proventos começam a pipocar nessa época: esse mês vieram de Taesa, Grendene, Porto Seguro, Vale e CCR, além da bonificação de Cielo (!) 

Para este mês de Maio quero focar primeiro em reaplicar bem esses dividendos que começam a se acumular na conta. Depois aumentar posição em alguma das empresas que esteja merecendo.
 

Ainda sobre o TD, encontrei esse site que achei bastante pratico pra verificar preços e taxas históricas dos títulos. Recomendo! 


 

Segue abaixo o quadro-resumo do mês. Abraços a todos!
 









domingo, 26 de abril de 2015

Poupança seca e a Caixa aperta o Crédito


Uma notícia ruim para construtoras e todo o mercado de crédito imobiliário. Especialmente pra quem pretende comprar um imóvel financiado pelo Caixa Econômica Federal. Essa semana li um email de um amigo destinado a correspondentes do Banco que operam crédito de imóveis, chamados de correspondentes Caixa Aqui. A partir de 4 de maio a Caixa irá reduzir a cota máxima de financiamento de imóveis de 90% para 50%.
 

Considerando que é a instituição líder em credito de imóveis com cerca de 70% do mercado, o baque será grande para clientes e construtoras.
 

Essa redução afeta “apenas” os financiamentos com recursos da caderneta de poupança. O banco os chama de “SBPE” e financiam imóveis mais “caros”, geralmente acima de R$ 170.000,00 ou R$ 190.000,00 dependendo da capital. Os financiamentos com recursos do FGTS, usados em moradias mais populares, abaixo destes valores acima, não serão afetados. É o caso do Minha Casa Minha Vida, que é em grande parte subsidiado pela União – isto é, nossos impostos.
 

A inflação alta e as conseqüentes altas da Selic realmente não devem estar ajudando a Caixa que costuma ter taxas de juros mais razoáveis para financiamentos. O Banco aumentou suas taxas de juros já por duas vezes esse ano para os financiamentos SBPE.

Outro detalhe sobre esse tipo de empréstimo que passou despercebido pela imprensa em geral foi o aumento da tarifa de contratação cobrada pelo banco estatal de seus clientes. Segundo a tabela de tarifas da Caixa, passou de R$ 800,00 para R$ 2.200,00, meros 175% de aumento!
 

Porém juros mais altos não representavam um grande problema pra quem tem renda maior e conseguisse arcar com um percentual de financiamento grande, 80% ou 90% do valor do imóvel. Mas, reduzir a cota máxima obrigatoriamente pra 50% no caso de imóveis residenciais vai estragar os planos de muita gente. Alguém que planejava por exemplo comprar um imóvel de R$ 250.000,00, financiando R$ 200.000,00 – 80% do valor – agora vai ter que arranjar de toda forma R$ 125.000,00 e financiar a outra metade.
 

Por que uma decisão tão drástica?
 

É só comparar os números e ver as notícias recentes envolvendo a caderneta de poupança:

RENDIMENTO = 0,63% ao mês

INFLAÇÃO = 1,20% ao mês

 
O resultado disso: 

“Poupança tem em março a maior retirada mensal desde 1995”


 
“Captação líquida da poupança cai 66% em 2014”


 

Não tem como fazer milagre. A Caixa está ficando sem dinheiro pra emprestar, já que a poupança é a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário e as LCI oferecidas por ela também não dão conta da demanda sempre alta por esse tipo de crédito.
 

É a fuga de recursos da poupança, motivada por rendimento ruim e pelas despesas maiores que as pessoas estão tendo com a inflação alta.
 

Isso talvez abra uma janela de oportunidade para outros Bancos abocanharem uma fatia maior do mercado de credito imobiliário, já que continuarão financiando 70, 80 ou até 90% do preço dos imóveis para os clientes.
 

Curiosamente a Caixa iniciou essa semana sua série tradicional de Feirões da Casa Própria, fazendo questão de dizer que o foco desses são as “moradias populares”, exatamente aquelas financiadas com recursos do FGTS e que não são afetadas por essas mudanças. (detalhe: hoje a CEF é presidida por Mirian Belchior, a ex-ministra do planejamento no primeiro mandato do governo da madame; pelo visto não planejava nada...)
 

Para os adeptos de teorias conspiratórias, seria isso a faísca para o começo do estouro de uma suposta bolha imobiliária no país?


Já faz cerca de um ano que tirei praticamente tudo que tinha na poupança e devo dizer que não sinto saudade nenhuma dela. E acho que não sou o único.

 

 

sábado, 4 de abril de 2015

Um Mês Mais ou Menos





Olá a todos, um mês bem mais ou menos esse de março, com economia se deteriorando, manifestações e panelaços, e até o ministro da Educação chutando o balde com força... Mas o importante é termos saúde, certo?
 

Esse mês a carteira de ações variou quase estável a – 0,23%. Fiz alguns giros bem significativos, vendendo alguns lotes de GETI4, CMIG4, SBSP3  e PSSA3 cujas quantidades achei um pouco exageradas na carteira. Mas a venda de Porto Seguro reconheço que foi precipitada, a intenção agora é recomprar um pouco mais dela no médio prazo.
 

Em compensação aumentei posição em Bradesco (pela bonificação), BB (tava barato), Ecorodovias (pela conquista da ponte Rio-Niterói, apesar do preço baixo), Vale (essa foi por dó mesmo) e adicionei mais duas “figurinhas” na carteira: BRSR6 e KEPL3, somando 21 papéis.
 

No consolidado crescimento modesto de + 0,64%. No momento 32% em Renda Variável e 68% em Renda Fixa (LCI, LCA e Letra de Câmbio).
 

Agora é entrar em Abril com força, resultados, bonificações e dividendos pipocando pra todos nós. Abraços a todos.